segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Porque? Para que? Quem?

Este blog foi criado pelos alunos de Psicologia do 4° semestre da UNISAL – Americana, como parte da avaliação da disciplina Teorias Behavioristas da Personalidade II.








Trataremos sobre o assunto Fobias na visão Cognitiva Comportamental e em outras abordagens.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Veja pelo YOU TUBE!





Documental: Trastorno de ansiedad, Agorafobia, Fobias.

Fobia Social.

Você tem medo de que?

Ilustrativo:

Você aprende - Willian Shakespeare

Dominando o medo?!




Você já sentiu medo alguma vez? Se sim, passou pela sua cabeça a opção de usá-lo a seu favor? Será que isso é mesmo possível?


Vamos mostrar aqui que o medo faz parte de um processo de avaliação que de fato é seu apoio para vencer. Apresentamos também uma estratégia comportamental para lidar com os medos e usar sua energia para algo que você queira e lhe seja útil, além de também apresentarmos sugestões de situações para aplicação da estratégia. Consideramos aqui toda a gama de emoções semelhantes a medo e com variações de intensidade, como receio, temor, terror, horror, preocupação e talvez outras.


Segundo o Aurélio, medo é um "sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça". Bem descrito, mas essa definição não fornece pistas sobre o que fazer com o medo.

Antes de qualquer coisa, o que faz com que uma pessoa consiga sentir medo? Suponha que você está aí tranqüilo ou tranqüilo, olha para o lado e vê um leão olhando para você cheio de dentes e babando. Você sentirá medo, certo? Mas medo de quê? Certamente de ser devorado e de morrer, uma projeção de futuro, próximo, mas futuro, já que ainda não aconteceu. Agora considere uma pessoa que tenha medo de altura; em certas situações, ela sente medo de cair.

Em todos os casos, trata-se de projeções de acontecimentos futuros. Isto é, a pessoa está imaginando algo que pode acontecer como morrer, queimar-se e todas aquelas coisas que não queremos que aconteça.

Para entender isto, vamos lembrar que somos movidos às direções que temos instalado na nossa mente. Quer você se mexa para beber água ou ir a um restaurante, tem uma direção ou objetivo: saciar a sede no primeiro caso, alimentar-se e sentir prazer no segundo.

Mas não temos só objetivos, podemos ter também o que chamo de direções negativas: não matar seres humanos, não puxar o rabo do cachorro, não desligar o computador sem desligar o Windows, não pular de mais de dois metros de altura. Esse tipo de direção é também importante para nos guiarmos pela vida e, mais relevante, todos temos a capacidade de lidar mentalmente com esse tipo de estrutura.

Vez por outra, acontece de estarmos em uma situação com elementos novos, que precisam ser avaliados. Por exemplo, se estou em um primeiro passeio de ultraleve, posso não confiar muito na engenhoca, e penso: e se isto cair? Caindo ela, eu caio junto. E o que faço então?

Outro exemplo: se vou trocar a lâmpada da geladeira e não consigo tirá-la, posso pensar em usar um alicate. Mas minha projeção indica a possibilidade de quebrar a lâmpada e os cacos se espalharem pela geladeira, e então posso ficar com "medo de usar o alicate".

Portanto, pensar em coisas indesejadas faz parte do processo normal da avaliação que fazemos do ambiente, em particular quando é novo ou tem elementos novos. As direções negativas nos indicam o que não deve ser feito, o que não conduz aos objetivos ou conduz a conseqüências e efeitos colaterais indesejados. São como um sinal de trânsito que diz "Não vá por aqui".

O medo então é nosso aliado, no sentido de que nos informa de que existe a possibilidade de que pode ser melhor não fazer algo. Imagine alguém sem medo, o que pode fazer!

O medo será um problema apenas quando:

- Ficarmos prestando atenção ao que não queremos que aconteça e apenas reagindo a isto, ou seja, paralisados e sem opção de ação.

- A nossa projeção de conseqüências estiver distorcida da realidade. Esse é o caso de ficar com medo de um avião a jato cair se perder uma das turbinas, já que ele consegue voar sem ela.

O piloto Marcos Pontes, astronauta brasileiro na NASA, perguntado sobre se sentia medo ao voar, disse que não era bem uma questão de medo, e sim de prever os riscos possíveis e ter alternativas para lidar com cada um. Esta atitude, no contexto empresarial, é chamada Gerenciamento de Riscos: identificam-se os riscos e, para os principais, estabelecem-se medidas para prevenção e para correção. Imagine se os construtores do túnel ferroviário sob o Canal da Mancha não tivessem feito gerenciamento de riscos; não teriam certamente construído o segundo túnel, só para socorro (e que já foi usado). Este é o próprio "poder do pensamento negativo"!

Portanto, o medo por si só não constitui um problema. Ele pode ser uma indicação de que temos que nos preparar melhor para fazer algo. Ele pode ser uma indicação de que devemos buscar alternativa. Principalmente, o medo é uma força, tem energia, e nós podemos usar essa energia como impulso para algo que queiramos. Usando uma estratégia adequada, podemos fazer como no judô: se vamos usar a energia do adversário, quanto mais energia ele tiver, melhor para nós!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

...

Lista de Fobias:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_fobias#B

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Fobia: um dos transtornos de ansiedade mais apresentados pelo ser humano.





O medo é um sentimento inerente ao ser humano, pode ser definido como uma sensação de que algo ruim pode acontecer seguido de sintomas físicos que incomodam, ou como um sentimento vivenciado diante do perigo. Quando esse medo é excessivo e irracional em relação à ameaça, apresentando fortes sinais de perigo e acompanhado de comportamento de evitação quanto às situações causadoras do medo, é chamado de fobia, crise de pânico provocada em situações específicas.



A fobia é um dos transtornos de ansiedade mais apresentados pelo ser humano e um dos distúrbios psicológicos mais estudados.



Fobia origina-se do grego phobia, que significa medo intenso, ou irracional, aversão, hostilidade.



Os três tipos básicos de fobias são: a agorafobia, a fobia social, as fobias específicas.



Os sintomas são: transpiração excessiva, taquicardia, náusea, vertigem, calafrios, dor no peito, sensação de falta de ar e formigamento.



Muitos neurocientistas explicam que a causa da fobia pode estar relacionada com fatores biológicos, como um aumento do fluxo sanguíneo e maior metabolismo no lado direito do cérebro em pessoas fóbicas.



Por Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/psicologia/fobias.htm

FOBIA SOCIAL

Não é timidez







Já a fobia social pode ser confundida com timidez excessiva, mas quem tem o distúrbio sabe que vai muito além disso. Esse tipo pode traduzir-se em um medo de se relacionar de maneira geral ou de certas ações específicas, como comer e escrever na frente de outros e conversar com um grupo de pessoas. É o caso do estudante D. O. L, de 25 anos, que manifesta o problema desde os 12. "Se for só eu e o Bush, eu falo que é uma beleza, mas se tiver mais de quatro, cinco pessoas aí fico mudo", irozina. "Sinto falta de ar, tremores, suor frio e uma perda do raciocínio lógico. E depois bate uma sensação de fracasso enorme", descreve. "E os fóbicos sociais em geral têm consciência de que o medo é irracional", ressalta.

Curiosidade: Imagens quase reais




Os especialistas em geral concordam que o melhor tratamento para fobias, principalmente as específicas, é a terapia de exposição, ou seja, colocar o paciente em contato com o estímulo fóbico. Mas e se os sintomas são tão fortes a ponto de ser penoso até pensar no objeto ou situação causador da fobia? Ou se a fobia for de avião, por exemplo, como se expor a esse estímulo freqüentemente sem gastar uma fortuna em passagens aéreas? Uma das alternativas é usar a realidade virtual, que ainda apresenta a vantagem de proporcionar um maior controle dos estímulos apresentados ao paciente. Um médico tratando alguém com fobia de trovão não precisa esperar uma chuva forte para expor seu paciente, ele pode usar imagens, gravações e ainda os recursos da realidade virtual. Essa foto mostrando uma aranha aí ao lado, por exemplo, faz parte de um software desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia de Interface Humana da Universidade de Washington, criado para tratar aracnofobia. Apesar da técnica ainda não ser muito difundida no Brasil, alguns estudos se destacam. A cientista da computação Liliane Jacon, por exemplo, desenvolveu um sistema para casos de fobia de elevador. "Meu objetivo foi avaliar a interação das pessoas ao utilizarem os equipamentos", conta a professora da Universidade do Oeste Paulista. Outro reforço no tratamento pode ser a hipnose. "É um auxílio eficaz, mas existem poucas pesquisas sobre isso", esclarece Mariângela Savoia, do hospital psiquiátrico da Santa Casa. "A hipnose remete a uma situação do passado, ela pode ajudar a identificar como ocorreu o primeiro episódio de medo, mas não garante a eliminação dos sintomas", esclarece a psicóloga.

ABC da Saúde



MUITO RECOMENDADO, só que se você quiser copiar e colar... ESQUEÇA!
Muito interessante.
*****


http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?464

REPORTAGEM GALILEU: MEDICINA E SAÚDE

ACESSE: http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT1080624-1940-3,00.html

VALE A PENA CONFERIR ESSA SUPER MATÉRIA.


QUER SABER MAIS SOBRE O ASSUNTO?



Para ler


"Ansiedade, Fobias e Síndrome do Pânico", Elaine Sheehan. Ágora. 1996

"Dicionário Igor de Fobias", Igor Rafailov. www.forumdefobias.com

"Sem Medo de Ter Medo", Tito Paes de Barros Neto. Casa do Psicólogo. 2000

"Vencendo o Medo", Jerilyn Ross. Ágora. 1994

Para navegar

Aporta - www.aporta.org.br

Laboratório de Tecnologia de Interface Humana da Universidade de Washington - www.hitl.washington.edu

Lista de fobias - www.phobialist.com

Um especialista no assunto...





CYRO MASCI é médico, qualificado como especialista em psiquiatria pelo Conselho Federal de Medicina, ex professor assistente de psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas de Santos (SP), possui mais de uma centena de artigos publicados na imprensa técnica e leiga. É autor do livro "A Hora da Virada: enfrentando os desafios da vida com equilíbrio e serenidade" Ed. Saraiva - 4a ed. Atua em clínica privada especialmente com transtornos de ansiedade e depressão, com abordagem cognitiva-comportamental e biofeedback. Mantém site de Medicina Comportamental em http://www.regra.com.br/cyromasci.


Email: cyromasci@regra.com.br

Como TRATAR da fobia?




Até a década de 50, imperava a teoria psicanalítica das neuroses. Em poucas palavras, um sintoma psíquico era considerado como a ponta de um iceberg. De nada adiantaria retirar essa ponta que o gelo iria subir, e os sintomas iriam reaparecer. O tratamento portanto consistia em destruir (ou melhor, reestruturar) todo o iceberg, o que somente seria possível com anos de análise. O resultado prático sempre ficou bem abaixo das expectativas. Na década de 50 surgem os primeiros trabalhos do psiquiatra sul africano Joseph Wolpe, falecido há poucos meses, que inicia seu processo de inibição recíproca, posteriormente denominado dessensibilização sistemática, baseado em trabalhos da década de 20 de Watson. Em síntese, esse grande médico começou a tratar pacientes com fobias associando uma sensação de prazer e relaxamento a situações imaginárias ou reais de medo e evitação. Como o relaxamento é incompatível com o medo, a fobia tende a desaparecer em pouco tempo.






De modo geral, o tratamento das fobias está baseado na quebra do link entre as sensações de desprazer e às situações ou objetos que desencadeiam as crises. Assim, se um elevador gera um reflexo de medo, é possível quebrar esse aprendizado desfazendo o ciclo vicioso.

Isso é obtido de diversas maneiras. A mais conhecida é a dessensibilização sistemática. O paciente é primeiramente treinado em técnicas de relaxamento profundo. Em seguida, o terapeuta instiga-o a aproximar-se, de maneira gradual e sistemática, do objeto ou situação que lhe provoca medo, culminando numa dessensibilização.

Após o treinamento em relaxamento, o paciente é convidado a escrever todos os seus medos, já que em geral são vários, atribuindo uma hierarquia do maior para o menor medo. Inicia-se então, o processo pelo menor medo. Vou usar como exemplo um elevador. Assim que o paciente é colocado em relaxamento profundo, o terapeuta convida o paciente a imaginar que está na rua, em frente a um prédio com elevador. A qualquer momento o paciente pode indicar com a mão se está muito ansioso, o que pode interromper o processo, ou levar o terapeuta a aprofundar o relaxamento. Se o paciente tolerar bem a idéia, o terapeuta segue em frente, convidando o paciente a imaginar que está entrando no prédio e agora parando em frente ao elevador. Tolerado esse passo, o terapeuta sugere que o paciente imagine estar entrando no elevador, mas a porta não se fecha. E assim por diante, até que o paciente tolere imaginar que está num elevador cheio de gente, num andar alto, e que o mesmo pare momentaneamente. Tão logo essa fobia seja tratada, a próxima da lista recomeça o processo, até que todas as fobias sejam abordadas.

Tem sido usado, também com sucesso, o monitoramento do paciente com equipamento de biofeedback, aonde suas funções vitais como pulso, resistência de pele ou respiração, são monitoradas por equipamento computadorizado possibilitando um acompanhamento mais objetivo.

Uma variante da atualidade é a dessensibilização virtual. Aqui, o paciente enfrenta seu medo não imaginando, mas sim vivenciando as situações em ambiente virtual. Em geral seu pulso é monitorado e, tão logo o terapeuta perceba aumento significativo da freqüência cardíaca, congela a imagem e induz relaxamento.

Várias formas alternativas ou complementares também têm sido usadas. Por exemplo, em pacientes com síndrome do pânico, após o controle das crises com medicação específica (em geral inibidores seletivos de recaptação de serotonina) inicia-se um processo de exposição ao vivo, quando o paciente, com ou sem auxílio de terapeuta, vai ao encontro das situações que lhe causavam medo. Ele se expõe, sempre de maneira gradual e progressiva, não tem mais a crise (controladas pela medicação), e com algumas exposições desfaz-se a fobia.

Para outras fobias não desenvolvidas em função do pânico, tem sido utilizados métodos como inundação de estresse, aonde o paciente - com seu consentimento - é inundado por seus medos, até que seu cérebro "perceba" que não exista risco. Tem sido relatados resultados interessantes com esse método, e parece que não funciona apenas em fobias originárias de transtorno de pânico. Outro método recente tem sido o EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing), originariamente utilizado em tratamento do estresse pós traumático mas que parece oferecer bons resultados. Nesta recente forma de terapia - começou há apenas 10 anos - os dois hemisférios cerebrais são alternadamente estimulados, originariamente com movimentos oculares e mais recentemente com estímulos tácteis ou auditivos, enquanto o terapeuta estimula o paciente a vivenciar seus pensamentos, sensações e imagens fóbicas, com o objetivo de alterar o processamento das memórias.

Minha experiência pessoal é de pouco mais de 15 anos com dessensibilização sistemática, há dois anos com auxílio de biofeedback. Recentemente recebi treinamento em EMDR e os primeiros resultados parecem efetivamente promissores.

Como ocorrem as crises de fobia?




Quem sofre de fobia tem suas crises de pânico desencadeadas por alguma situação específica (as fobias) no cérebro antigo.


Quando começa a sentir as sensações de luta ou fuga (o alarme de emergência), imediatamente é inundado por imagens de catástrofe.

Essa interpretação dos sintomas como sendo uma catástrofe é recebida pelo cérebro antigo novamente, aumentando os sintomas a níveis estratosféricos. Ao mesmo tempo, sua respiração fica bastante alterada, o que muda a química do sangue de maneira significativa. Essa mudança na química do sangue, por si só, aumenta ou desencadeia novas crises.

Aí então os sintomas são muito assustadores. Como os sintomas são muito desagradáveis, isso acaba por confirmar na cabeça da pessoa que realmente os sintomas iniciais indicavam um grande problema. Em outras palavras, os sintomas asseguram na imaginação da pessoa que ela realmente corria perigo. Essa situação é percebida pelo cérebro antigo, que tenta ajudar da única maneira que consegue: desencadeando novas reações de luta ou fuga, novas crises de pânico. E assim o ciclo vicioso se fechou...

SINTOMAS DA FOBIAS





Quem sofre de fobia, ao se deparar (ou às vezes simplesmente imaginar...) com as situações que desencadeiam suas crises, sentem um enorme medo, em geral acompanhados de pelo menos quatro dos seguintes sintomas:


falta de ar,

palpitações,

dor ou desconforto no peito,

sensação de sufocamento ou afogamento,

tontura ou vertigem,

sensação de falta de realidade,

formigamento,

ondas de calor ou de frio,

sudorese,

sensação de desmaio, tremores ou sacudidelas,

medo de morrer ou de enlouquecer ou de perder o controle.







O que diferencia em grande parte alguém que tenha fobia de uma pessoa que tenha simples medo, é que pessoas com fobia passam a evitar a qualquer custo as situações que desencadeiam as crises, alterando sua rotina de vida.

Pacientes fóbicos com freqüência têm suas vidas complicadas por dois fatores. O primeiro é que em geral não confiam na sua capacidade de enfrentar os sintomas, temendo qualquer lugar aonde não possa contar com ajuda. E o segundo é que costumam super valorizar os sintomas, achando literalmente que vão morrer, que vão ter um ataque do coração, um derrame, ou que possuem alguma doença grave e misteriosa.

A maior conseqüência da primeira complicação (a falta de confiança nos próprios recursos) é um isolamento progressivo, um empobrecimento de vida que impede a maioria das ações do dia-a-dia.

E a maior conseqüência da segunda complicação (a catastrofização dos sintomas) é uma eterna busca por cuidados médicos ao mesmo tempo em que pequenos sinais do corpo já são interpretados como indícios de que a crise está vindo, de que a morte pode chegar a qualquer momento.

Fobias e Pânico...





Já que as fobias são um "pânico com objeto", ou seja, são crises de pânico que somente acontecem em situações ou lugares específicos, é importante entender como uma crise de pânico é formada.


Para isso, é interessante comparar sua cabeça com um carro que possui um alarme contra ladrões, desses que basta você encostar na carroceria para ele disparar.

Esse sistema de alarme é o cérebro antigo, em especial o sistema límbico, com suas reações de luta ou fuga. Esse alarme tem que tocar em situações de perigo real. No entanto, para certas pessoas, esse sinal de perigo é desencadeado sem nenhuma razão aparente, como você talvez já tenha visto em estacionamentos, quando um alarme de carro dispara sem que nada tenha acontecido. Essa situação é conhecida como ataque de pânico. Para outras pessoas, esse alarme é disparado em situações indevidas, como por exemplo em elevadores, lugares fechados, ou no trânsito. Essa situação é conhecida como fobia.

A síndrome do pânico é uma mistura dessas duas situações. Numa primeira fase, quem tem o transtorno (= síndrome) do pânico, tem ataques sem motivo algum. E numa segunda fase, passa a ter os mesmos sintomas nas situações ou lugares em que já teve os ataques. Assim, se a pessoa tem um ataque dentro de um carro, passa a evitar dirigir sozinha, ou não dirige mais. Se foi num lugar fechado, passa a não entrar em bancos, shopping centers, cinemas, teatros. Ou se entra, procura ficar bem próximo da saída... E para muitos, o simples fato de pensar, lembrar ou ver uma imagem da situação já é o bastante para desencadear a crise.

Curiosidades! OoOoOooO




Seis em cada dez pessoas com fobias conseguem se lembrar da primeira vez que a crise de medo aconteceu pela primeira vez, quando as sensações de pânico ficaram ligadas ao local ou situação em que a crise ocorreu. Para essas pessoas, há uma ligação muito clara entre o objeto e a sensação de medo. Por exemplo, uma pessoa tem uma crise de pânico ao dirigir, e a partir desse dia passa a evitar dirigir desacompanhada, com temor de passar mal e não ter ninguém por perto para auxiliá-la. E talvez esse temor se expanda para um local aonde a saída seja difícil em caso de "passar mal", como cinemas e teatros. Surgiu assim uma agorafobia, um medo generalizado a "passar mal" e não ter como escapar ou receber auxílio.


Uma outra pessoa, por exemplo, pode ter tido uma experiência traumática de um acidente de carro, e a partir desse dia não querer mais andar de carro, desenvolvendo uma fobia específica a carros.

Perceba que o medo de andar de carros é igual, mas a origem, e na verdade o próprio medo, são fundamentalmente diferentes. No primeiro caso, o que se evita é ficar numa situação em que o socorro possa ser complicado, e no segundo caso, o que se evita é o carro em si mesmo.



Mas por qual motivo uma pessoa desenvolve uma fobia? E ainda, por quais razões algumas fobias são mais comuns que outras? Vários neurocientistas acreditam que fatores biológicos estejam francamente ligados. Por exemplo, encontrou-se um aumento do fluxo sangüíneo e maior metabolismo no lado direito do cérebro em pacientes fóbicos. E já foi constatado casos de gêmeos idênticos educados separadamente que desenvolveram um mesmo tipo de fobia, apesar de viverem e serem educados em locais diferentes.



Também parece que humanos nascem preparados biologicamente para adquirir medo de certos animais e situações, como ratos, animais peçonhentos ou de aparência asquerosa (como sapos, lesmas ou baratas). Numa experiência clássica, Martin Seligman associava um estímulo aversivo (um pequeno choque) a certas imagens. Dois ou quatro choques eram suficientes para criar uma fobia a figuras de aranha ou cobra, e muitas mais exposições eram necessárias para uma figura de flor, por exemplo.



A provável explicação é que esses temores foram importantes para a sobrevivência da espécie humana há milênios, e ao que parece trazemos essa informação muitas vezes adormecida mas que pode ser despertada a qualquer momento.



Outra razão para o desenvolvimento das fobias pode ser o fato de que associamos perigo a coisas ou situações que não podemos prever ou controlar, como um raio numa tempestade ou o ataque de um animal. Nesse sentido, pacientes com quadro clínico de transtorno de pânico acabam desenvolvendo fobia a suas próprias crises, e em conseqüência evitando lugares ou situações que possam se sentir embaraçados ou que não possam contar com ajuda imediata. E por fim, há clara influência social. Por exemplo, um tipo de fobia chamada taijin kyofusho é comum apenas no Japão. Ao contrário da fobia social (em que o paciente sente medo de ser ele mesmo humilhado ou desconsiderado em situação social) tão comum no ocidente, o taijin kyofusho é o medo de ofender as outras pessoas por excesso de modéstia e consideração. O paciente tem medo que seu comportamento social ou um defeito físico imaginário possa ofender ou constranger as outras pessoas. Como se percebe, esse tipo de fobia é bem pouco encontrado em nosso meio... O que há em comum em todas as fobias é o fato de que o cérebro faz poderosos links em situações de grande emoção.

Ansiedade gera transtornos...



Ansiedade é um sentimento humano normal, imprescindível para a vida cotidiana. Até uma certa intensidade ela é util pois permite que a pessoa possa levar adiante seus projetos e anseios, impulsionando-a para a frente. Ela se torna uma doença quando sua intensidade é tal que começa a prejudicar o desempenho da pessoa em suas atividades.

A ansiedade se caracteriza por manifestações psíquicas (subjetivas) e físicas (objetivas). As manifestações psíquicas são difíceis de descrever e variam de pessoa para pessoa. Ela se sente inquieta "por dentro", apreensiva em relação a algo vago, com desconforto, desprazer, nervosismo, irritação, dificuldade de concentração. As manifestações físicas incluem inquietação motora, falta de ar, boca seca, sudorese, mal estar abdominal, aperto no coração, tensão muscular, dores, dificuldade para engolir.

A ansiedade pode se manifestar de modo constante ou crises abruptas. As crises abruptas podem estar relacionadas a alguma situação específica ou ocorrerem de modo espontâneo. Freqüentemente a ansiedade está associada à depressão.

Os principais transtornos ansiosos são:

1. Ansiedade generalizada

2. Transtorno de pânico

3. Fobias

4. Transtorno obsessivo compulsivo

ACESSE: http://www.psicologia.org.br/internacional/gloss.htm




O Glossário das Fobias, em sua nova edição, indica a fobia específica, e a sua relação com o fenômeno causador da mesma.




Os verbetes são palavras oriundas de prefixos e sufixos



O prefixo pode ser de origem grega, latina, ou mesmo neologismos.



O sufixo fobia é o único elemento comum, e se origina do latim cientifico, phobia e se origina do grego, significando medo intenso, ou irracional, aversão instintiva, hostilidade ou uma reação mórbida no confronto de qualquer coisa.



Ocasiona um estado de angústia, impossível de ser dominado, que se traduz por violenta reação de evitamento, e que sobrevém de modo relativamente persistente, quando certos objetos, tipos de objeto ou situações se fazem presentes, imaginados ou mencionados As fobias são classificadas entre as neuroses de angústia, na teoria clássica das neuroses.



Uma fobia é uma espécie particular de medo. Essa palavra vem do grego phobia; esta, por sua vez, deriva-se da palavra grega phobos, também nome de uma divindade grega, significando "pânico, terror", que incutia medo aos inimigos; daí os guerreiros dispunham de sua efígie nas armas.



Esse deus provocava, segundo a lenda, medo intenso em seus inimigos, pois sua face era terrivelmente feia.



A fobia é um dos distúrbios psicológicos mais extensamente pesquisados. O caso mais famoso é o relatado por Freud sobre o pequeno Hans, e sua fobia por cavalos. Outro caso igualmente famoso é o do pequeno Albert. Neste caso, em 1920, Watson e Raynier estabelecem a aquisição do medo por animais num garoto de 34 meses de vida. Mais tarde, em 1924, Mary Cover Jones trata de um garoto, chamado Peter, que tinha medo de coelhos; ela fez a abordagem pelo uso de um método precursor da dessensibilização sistemática (Wolpe, 1976). Wolpe e Salter, citados por Wolpe (1976), dão grande impulso ao diagnóstico e tratamento dos distúrbios que podem ser evitados. O primeiro explicita as fobias específicas e o segundo trata da não inclusão que é típica dos casos de fobia generalizada ou social.



A fobia é vista como uma forma especial de medo; ela apresenta as seguintes caraterísticas: 1) desproporção entre a emoção e a situação que a provoca; 2) medo sem explicação razoável; 3) ausência de controle voluntário; 4) tendência à evitar essa situação.



A diferença entre a fobia e a ansiedade, segundo Falcone (1995), é basicamente quantitativa, isto é, depende de quanto tempo dura o episódio de ansiedade, do quanto de ansiedade a pessoa experimenta, da freqüência em que esta ocorre, do nível em que o comportamento evitativo disfuncional é precipitado pela ansiedade e de como é a avaliação dada pela pessoa que está ansiosa.



Foram acrescidos no glossário verbetes de fobias que estão muito em voga nos dias de hoje, como por exemplo bulimifobia etc.



Alguns poderão pensar: Qual é a utilidade de um glossário de fobia? Nos respondemos: "É sempre bom se elucidar no assunto", porque como diz o ditado "quem conhece o mal o evita".



Procuramos apresentar a mesma fobia nas várias grafias que se apresentam

FOBIAS (transtornos fobico-ansiosos)








O medo é um sentimento comum a todas as espécies animais e serve para proteger o indivíduo do perigo. Todos nós temos medo em algumas situações nas quais o perigo é iminente.

A fobia pode ser definida como um medo irracional, diante de uma situação ou objeto que não apresenta qualquer perigo para a pessoa. Com isto, essa situação ou esse objeto são evitados a todo custo. Essa evitação fóbica leva muito freqüentemente a limitações importantes na vida cotidiana da pessoa. As fobias são acompanhadas de ansiedade importante e também freqüentemente de depressão.

Os transtornos fóbico-ansiosos, constituem um grupo de doenças mentais onde a ansiedade é; ligada predominantemente a uma situação ou objeto. Há três tipos principais de fobia:

1. Agorafobia: inclui medo de espaços abertos, da presença de multidões, da dificuldade de escapar rapidamente para um local seguro (em geral a própria casa). A pessoa pode ter medo de sair de casa, de entrar em uma loja ou shopping, de lugares onde há; multidões, de viajar sozinho. Muitas pessoas referem um medo aterrorizante de se sentirem mal e serem abandonadas sem socorro em público. Muitas pessoas com agorafobia apresentam também o transtorno de pânico.

2. Fobia social: neste caso a pessoa tem medo de se expor a outras pessoas que se encontram em grupos pequenos. Isto pode acontecer em reuniões, festas, restaurantes e outros locais. Muitas vezes elas são restritas a uma situação, como por exemplo, comer ou falar em publico, assinar um cheque na presença de outras pessoas ou encontrar-se com alguém do sexo oposto. Muitas pessoas apresentam também baixa auto-estima e medo de criticas. Usualmente a pessoa nessas situações apresenta rubor na face, tremores, náuseas. Em casos extremos pode isolar-se completamente do convívio social.

3. Fobias especificas (ou isoladas): como o próprio nome diz, são fobias restritas a uma situação ou objeto altamente específicos, tais como, animais inofensivos (zoofobia), altura (acrofobia), trovões e relâmpagos (astrofobia), voar, espaços fechados (claustrofobia), doenças (nosofobia), dentista, sangue, entre outros. A incapacitação da pessoa no dia a dia depende do tipo de fobia e de quão fácil é evitar a situação fóbica.

As fobias atingem cerca de 10% da população. Em geral surgem na infância ou adolescência, persistindo na idade adulta se não são tratadas adequadamente. Acometem mais freqüentemente pessoas do sexo feminino (com exceção da fobia social, que atinge igualmente homens e mulheres).Depressão, uso de drogas e álcool podem ocorrer freqüentemente associados aos transtornos fobico-ansiosos.

O tratamento das fobias se faz com a associação de medicamentos com psicoterapia. Os medicamentos mais utilizados pertencem ao grupo dos antidepressivos; os ansiolíticos também são freqüentemente indicados. A psicoterapia auxilia na compreensão de fatores que podem agravar ou perpetuar os sintomas fóbicos.

Prof. Dr. Mario Rodrigues Louzã Neto